sexta-feira, 10 de julho de 2009

Existe sempre um Mas...


Não me assusta a solidão.
Mas assusta-me, a presença insignificante.

Não me assustam as lágrimas que caem e que são sinceras.
Mas assustam-me, os sorrisos cínicos e falsos.

Não me assusta a dor.
Mas assusta-me, a alegria fantasiada.

Não me assusta perder.
Mas assusta-me, a ganância de ganhar.

Não me assustam os inimigos.
Mas assusta-me, os falsos amigos.

Não me assusta o silêncio.
Mas assustam-me, as palavras não sentidas.

Não me assustam as dificuldades.
Assusta-me mais a falta de respeito.

Não me assusta a pobreza.
Mas assusta-me, a falsa modéstia.

Não me assusta a dureza do caminho.
Mas assusta-me, o relativismo do percurso.

Não me assusta a morte.
Assusta-me mais a hipocrisia em vida.

Não me assusta o esquecimento.
Mas assusta-me, ter uma mão cheia de nada.

Não me assustam as partidas.
Mas assustam-me, os encontros forçados.

Uma braçada amiga

Sem comentários:

"Podemos converter alguém pelo que fazemos nunca pelo que escrevemos."

H.P.