quarta-feira, 29 de julho de 2009

A imortalidade...


Às uns meses atrás, ao ler o editorial do jornal Destak, encontrei um texto fantástico e decidi "retirar" este excerto.

“A imortalidade de alguém não está decididamente nos genes que deixam, mas na forma como nos conseguiram mudar, no modo como contaminaram irremediavelmente os nossos valores, as nossas prioridades, aquilo que os nossos olhos são capazes de ver. Perduram, depois, nas coisas pequeninas, nos pequenos gestos, em palavras que usamos, e que, ao pronunciar, nos trazem, de repente, o sabor daquela pessoa, em atitudes que tomamos, em opções que fazemos.
Perduram em sensações que nos «atacam» quando menos esperamos, na impressão, tão segura que podíamos jurar ser verdadeira, de que, aqui e agora, acabaram de nos passar as mãos pelos cabelos, entrelaçando os dedos nas suas raízes, num gelado de morango, que não queremos que chegue ao fim.
E não é irreverência nenhuma (re)descobri-las aí, e não nos retratos e óleos pendurados em pesadas molduras douradas, nem em compêndios fechados em bibliotecas.
Porque as pessoas importantes permanencem vivas dentro de nós, que é exactamente onde deviam encontrar morada."

Isabel Stilwell

Uma braçada amiga

1 comentário:

Fá menor disse...

"as pessoas importantes permanecem vivas dentro de nós, que é exactamente onde deviam encontrar morada."

Vou levar esta frase - expressão do meu sentimento.

Obrigada.

beijinho

Força!

"Podemos converter alguém pelo que fazemos nunca pelo que escrevemos."

H.P.