Ando naquela fase em que acho que todos devíamos ser suficientemente livres para fazermos tudo quanto fosse da nossa vontade.
Acho que ninguém devia ter amarras tão apertadas, responsabilidades tão grandes, ideais tão exigentes que não nos permitem, de um momento para o outro, largar tudo e partir em busca de um novo sonho.
O sonho podia nem ser nosso, podia ainda não existir,mas a existência de vontade já devia ser suficiente para nos fazer partir.
Ir em busca de trazer o que ainda não procurámos, o que ainda,talvez, nem sabemos que existe.
Mas ir.
Acho que ninguém devia ter competência tal, família tal, um código ético de tal forma restrito que não lhe permite ser capaz de parar o mundo e de o fazer girar duas vezes sobre si mesmo, quando apetece.
Porque apetece.
Como me apetece hoje.
Certo é que se a vontade contasse a esta hora não estaria aqui a escrever estas linhas.
E ao invés disso...
Talvez estivesse a correr atrás daquilo que o meu coração hoje pede.
Porque amanhã a vontade poderá ser outra.
Uma braçada amiga
3 comentários:
Pinguim,
Temos de fazer sempre o que o coração pede e manda... so assim conseguimos ser felizes...
:)
Olha, eu deu-me agora vontade de ir ao WC, vou já antes que passe!
Querido Pinguim,
O risco é confundires vontade com devaneio. É que a vontade tem sempre como fim algo que é bom para ti, ao passo que o devaneio não! É ele o reponsável por aquilo que fazes e que despois olhas para trás e concluis que não era isso que relamente querias porque não te fez mais feliz (e não te fez feliz porque na realidade não era bom para ti; foste enganado pelos teus sentidos!)
Um abraço,
Mariana
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